‘Don’t You Want Me’: A 1° HISTÓRIA que você viveu ou ouviu

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Por que ‘Don’t You Want Me’ – The Human League era considerada uma música desagradável? Por que a letra perturbadora fez tanto sucesso nos anos 80? Leia agora!

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Em 27/11/1981 foi lançada a canção que iria marcar a carreira do grupo The Human League. ‘Don’t You Want Me‘ é melodia de maior sucesso, sendo a mais vendida no Reino Unido em 1981, com mais de 1 milhão de vendas.

Não somente isso, nas Américas, a canção liderou na Billboard Hot 100 por 3 semanas a partir de 03/07/1982.

Essa melodia se tornou TÃO POP, que em novembro/1983 a revista de música Rolling Stone nomeou como “música inovadora”.

E mais: e em 2022, foi considerada como uma das “200 maiores canções de todos os tempos”.

A primeira vista, para quem não tem conhecimento da língua inglesa, ao ouvir os sons da melodia, irá achar que é uma música divertida, alto-astral, que fala de coisas bonitas, ou seja, música pop.

Porém, a canção não é tão bonitinha assim. Veja, por trás de um arranjo sonoro legal, há sempre uma letra sombria.

Foi assim com a canção Every Breath to Take: também foi um sucesso, mas, que a canção era para o compositor algo sombrio.

Antes de fazer a análise da canção, primeiro, quem foi o grupo “The human League”?

A História do grupo ‘The Human League’

Antes de começar a falar da canção ‘Don’t You Want Me‘, vamos falar do grupo The Human League:

The Human League é um grupo de música do genero New Wave, mais exatamente do subgenero Synth-pop.

Formado em 1977, com outro nome “The Future”, por Martyn Ware e Ian Craig Marsh, mudou de nome para “The Human League” em 1978 após a entrada de Philip Oakey, amigo de Martyn.

A inspiração para o nome do grupo surgiu devido a um jogo de tabuleiro de ficção cientifica chamado “StarForce: Alpha Centauri”. Nesse Jogo, conta-se a história de uma liga humana (The human league) que surgiu no ano de 2415 e que era uma sociedade que almejava mais independência do planeta Terra.

Que doideira, né?

Voltando a minha linha de raciocínio, a banda era formada apenas por homens. Claro, em 1979 foram convidadas algumas mulheres para ser voz de fundo, a Lisa Strike e Katie Kissoon.

PORÉM, devido a várias brigas, discursões, xingamentos, o grupo formado por Martyn Ware, Ian Craig Marsh e Philip Oakey se desfez.

Dessa separação com “divisão de bens”, Philip ficou com o nome do grupo e as dívidas e responsabilidades da banda.

Era um período difícil para Philip, mas o tempo foi seu melhor amigo, e em 1981 a banda já estava crescendo em sucesso.

Mas claro, não era algo tipo “nossa, como são pop”. Não, eles eram só mais uma banda de new wave.

Porém tudo mudaria no final de 1981.

Surgimento da canção ‘Don’t You Want Me’

1981, mais exatamente outubro/1981, após o lançamento do album Dare, a gravadora Virgin que Philip herdou da separação voltou a ter confiança no trabalho do grupo The Human League.

A gravadora (claro) estava sedenta por dinheiro, então o executivo chegou no ouvido de Philip e disse:

Lança a música ‘Don’t You Want Me’, estou mandando, se não…”.

(eu e a minhas vozes da minha cabeça kkkkk)…

Porém, Philip não queria muito não lançar essa canção, por entender que ela era apenas para “encher linguiça” no álbum, e que era a música mais fraca e de baixa qualidade e não daria sucesso.

Isso era tão serio que deu até briga dentro da gravadora… olha que coisa, não?

Uma coisa que não contei, é que Philip Oakey foi o compositor dessa canção, e ele sabia que a letra era terrível (será que era a consciência dele o acusando de algo errado?), e que isso poderia arruinar o início do recém-sucesso do grupo.

O Poder do dinheiro infinito munda o mundo

Embora Philip não acreditasse nem uma vírgula na canção, a gravadora acreditava muito na melodia, e iria usar o poder “dinheiro infinito” para fazer (na marra) a canção se tornar um sucesso.

Por isso, não tiveram dó: chamaram nada mais, nada menos que Steve Barron, o mesmo que fez o videoclip icônico da música do A-ha ‘Hunting High and Low’ que euzinha aqui amo e fiz a análise no site Sons Letras.

Ah, ele também já trabalhou para diversos outros artistas também, então assim, de verdade, era batata a canção deles fazem sucesso.

Para se ter uma ideia, esse foi um dos videoclips MAIS CAROS de se produzir no ano de 1981, utilizando o que havia de melhor da tecnologia naquela época.

Ok, acho que já respondi a primeira pergunta: por que fez tanto sucesso? Ora, além de um videoclip icônico que você poderá assistir aqui abaixo, a melodia é muito gostosa de ouvir.

Preste a atenção na ambientação, nas expressões faciais no cantor (Philip) e na cantora Susan Ann Sulley (que passou a integrar o grupo depois do sucesso da canção)

Ok, mas, por que Philip, o nosso compositor da canção não via com bons olhos a música ‘Don’t You Want Me’?

Continua comigo, e você vai entender essa fofoca mais afundo…

Análise da canção ‘Don’t You Want Me’

Sabe aquelas revistas de adolescente, tipo “Capricho“? kkkk, me lembrei das minhas épocas da adolescência, nossa quantos amores, quantas decepções.

Assim, lendo uma dessas revistas, o nosso querido amigo Philip leu uma reportagem relacionado a um romance que uma garota viveu que se tornou um tormento. Daí saiu a letra da canção que vou traduzir para você:

Você estava trabalhando como garçonete em um bar
Quando te conheci
Eu te tirei disso, te fiz mudar e te transformei
Transformei você em um novo alguém

Agora, cinco anos depois, você tem o mundo aos seus pés
O sucesso tem sido tão fácil para você
Mas não esqueça: Fui eu quem te colocou onde você está agora
E posso te colocar no chão de novo também

Tradução da Canção
'Don't You Want Me' - The Human League

O que isso te lembra? O que isso me lembra?

Sinceramente, ao fazer a análise dessa letra fiquei assustada, e entendi perfeitamente o porquê do Philip não queria lançar essa canção (e talvez, até mesmo se arrependeu de ter escrito ela).

Praticamente ele vendeu a alma para o “the_monio” para ter sucesso, porque assim, não precisa de ter um QI elevado para entender a letra da canção.

Infelizmente eu já vivi essa situação quando era mais nova e inocente, e assim, eu começo a entender que é uma estrutura que é ensinada e enfiado goela a baixo “nos tratar como se fossemos um objeto”.

Conclusão: Por que não gosto mais da canção ‘Don’t You Want Me’

Enfim, depois disso tudo, com vários gatilhos acionados em minha mente, não consigo escrever uma conclusão “bonitinha” para a canção ‘Don’t You Want Me’.

Resumindo, graças a Deus, as coisas estão mudando. Essa cultura machista está sendo cada vez mais descontruida, pois agora podemos ter o nosso trabalho, o nosso sustento, e não ficar dependente de alguém que só nos faz mal, ao invés de fazer bem.

Eu amo música, amo aquelas canções que falam coisas boas, mas após fazer um estudo sobre essa melodia ‘Don’t You Want Me’ (que era a minha favorita), agora, deixei de gostar.

E você, concorda com o que eu disse? Será que falei alguma abobrinha? Dê a sua opinião nos comentários, estou muito curiosa para ler o que você pensa!

Por Anna Monteiro Lima

Oi, sou a Anna💕! Como uma entusiasta da música e amante das letras, estou empolgada em fazer parte da equipe do Sons Letras. Com formação em Comunicação Social e uma paixão pela escrita, meu objetivo é trazer análises aprofundadas e curiosidades interessantes para enriquecer a sua experiência musical. Ao explorar as entrelinhas das letras, mergulhamos em um mundo de significados e emoções.

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